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segunda-feira, 28 de abril de 2008

Designer gráfico


Nome do entrevistado:
Dias, Douglas Simplício
E-Mail:
douglasdia@gmail.com

Área de atuação:
Design gráfico

- Porque você escolheu esta área profissional?

R. Sempre gostei de desenho e em 94 estava começando a tentar entrar no mercado fazendo freelas, já que não tinha experiência para conseguir um emprego na área, foi quando um amigo me apresentou o curso de design gráfico da unesp/Bauru. Logo de cara vi que era isto que eu queria fazer. Como a maioria dos "vestibulandos" não conhecia 100% da profissão, mas a cada ano fui me interessando mais. Sou uma cria da universidade, ela foi o pontapé inicial para minha carreira.

- Quais cursos/faculdades são necessários para se tornar um profissional nesta área?

R. Com certeza a faculdade de design e cursos/estudos relacionados a história da arte e do design. Sempre é bom aprender mais, ler sempre a respeito de coisas ligadas a sua área. Além é claro da parte eletrônica da coisa, os softwares são indispensáveis, mas creio que eles são apenas a ferramenta. O conhecimento do designer não pode ser restrito ao uso de softwares. Devemos conhecer a ferramenta para extrair sempre os melhores trabalhos baseados na mensagem que queremos passar.

- Quais são as maiores dificuldades encontradas em seu dia-a-dia?

R. Reconhecimento do mercado. Falo tendo em vista a área (geográfica) onde atuo. Não desmereço outros profissionais que não estudaram design e trabalham na área, pois existem diversos publicitários, arquitetos e profissionais de outras áreas que se encontraram no design e trabalham muito bem, mas no mercado existem muitas pessoas trabalhando tendo como foco o seu conhecimento em softwares. História da arte, semiótica e muita coisa relacionada a teoria da comunicação não é levada em conta no dia a dia deste profissionais que trabalham com valores baixos, atrapalhando o mercado tanto na qualidade
quanto no lado financeiro.

- Os recursos investidos em especializações para a sua carreira estão dando o retorno esperado?

R. A resposta a questão anterior mostra que o mercado vem desanimando, mas acredito na profissão e pretendo tornar 2008 o ano da mudança. Com esta visão de mercado onde não tenho visto um reconhecimento por quem procura levar conteúdo a seus trabalhos estou há um tempo sem me "reciclar", mas sempre procurei cursos, especialmente na área de web que foi por muito tempo o carro chefe da empresa onde atuo (ISIC Brasil), mas procurei sempre estudar coisas relativas a área onde atuo, pois além de design meu departamento cuida de toda a comunicação das empresas e projetos do grupo. (Reunidas, Alameda Quality Center, STU, Matéria Águas, ISIC Brasil, Basquete Clube, Juliana Open e Vôlei Futuro). Acredito que todos os cursos que fiz acrescentam muito em minha formação de designer, comunicadores visuais.

- Quais são os maiores pontos positivos em trabalhar nesta área?

R. Criatividade! Esta é a base da profissão e é muito gratificante trabalhar em uma área onde você possa ter a chance de tentar inovar a cada trabalho. Além é claro das pessoas, uma boa equipe ajuda muito e temos pessoas diferenciadas nesta área, montando uma boa equipe o dia a dia se torna algo prazeroso e disto só nascem bons frutos.

- Esta profissão completa seus objetivos profissionais ou ainda falta algo?

R. Creio que sim, porém algumas coisas que já citei, principalmente no que se refere ao mercado regional, ainda são empecilhos. Sempre acreditei que quando você faz o que gosta o lado monetário será uma consequência, mas o mercado se mostra restrito, pois tem muitos "profissionais" jogando os valores para baixo. Isto deixa o processo mais lento, mas ainda acredito que a fórmula é esta, procurar sempre fazer o melhor a cada trabalho. Isto gera resultados pessoais, profissionais e financeiros.

- Existem níveis de cargo em sua profissão?

R. Sim, porém não são aplicadas em nosso mercado. Não que eu só queira falar que a grama do vizinho é mais verde, mas como existem poucas empresas de design por aqui não vemos estes níveis sendo respeitados por que as empresa não chegam a ter uma equipe completa de designer que vá do trainee ao designer senior.

- O mercado de trabalho acolhe bem os profissionais nesta área?

R. Com certeza, apesar do que falei sobre profissionais de outras áreas atuando no setor os formados em design sempre estão a um passo a frente na contratação. O que ainda falta é uma regulamentação da profissão, este processo está em andamento há alguns anos e ainda não foi solucionado. Não sei em que estágio está atualmente, mas ainda não tem o exemplo.

- Qual é a idade mínima exigida para ingressar nesta profissão?

R. Levando em conta que o profissional precisa no mínimo um curso profissionalizante, ele pode ingressar na carreira entre 18 e 19 anos, pois teria terminado o ensino médio e cursado mais de um ano deste curso. Mas gostaria de reforçar que a faculdade é bem mais interessante, pois as grades curriculares destas instituições trazem além de matérias específicas outras que enriquecem o conhecimento do profissional. o que os cursos profissionalizantes acabam deixando de lado para diminuir a carga horária e otimizar o tempo. Desta forma o profissional pode entrar em programas de estágio no primeiro ano da
faculdade, quando estaria na faixa etária que citei, concluindo o curso superior, o profissional chegará ao mercado com uma visão mais abrangente de comunicação.

- Dê agora uma DICA PROFISSIONAL aos leitores desta entrevista que trabalham ou pretendem trabalhar nesta área.

R. Antes de ingressar na carreira, procurar saber o máximo sobre ela para saber se é aquilo que quer da vida. Desta forma vão aproveitar o máximo do que a faculdade e a rotina de trabalho podem oferecer. E acima de tudo gostar do que está fazendo. O resto é consequência.

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